De acordo com os dados históricos, o Xing Yi Tchuen foi criado por um homem chamado Ji Long Feng, na Província de Shanxi, no final da Dinastia Ming (1368-1644). A prática marcial de Ji Long Feng está registrada nas "Crônicas da Família Ji", que cita as técnicas de combate com lança como o ponto de partida para a invenção do Xing Yi Tchuen. As Crônicas atribuíam essa invenção a Ji Long Feng, que era também conhecido como "Lança Divina", dado sua incrível habilidade com essa arma.
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| Ji Long Feng: criador do Xing yi Tchuen |
Ji Long Feng teve dois famosos alunos Tsao Chi Wu da Província de Hopei e Ma Hsueh Li da Província de Honan. É nesse ponto da história que o estilo dividiu-se em três ramos: Shanxi, Honan e Hopei.
Por mais de uma década estudando Xing Yi Tchuen com Ji Long Feng, Tsao Chi Wu ganhou o torneio militar, o que lhe deu prestígio trazendo fama ao estilo. Tsao ensinou a arte a dois irmãos, Tai Ling Pan e Tai Long Pan. Esse último, posteriormente desenvolveu a arte e é tido como sendo o autor de textos clássicos relativos ao estilo.
Um de seus discípulos foi o famoso Li Luo Neng que possui a fama de ter sido o melhor praticante do estilo de todos os tempos. Li Luo Neng ensinou sua arte, tanto em Shanxi, sua província natal, como também na Província de Hopei. Em Shanxi seu mais famoso aluno foi Ch'e I Zai, enquanto que em Hopei destacou-se o formidável Kuo Yun Shen.
Os sucessores de Li Luo Neng - Guo Yunshen, Lu Cuny, Ch'e I Zai, Zhang Zhaodong, Sun Lutang e Shang Yunxiang - popularizaram o Xing yi no Norte da China no final do século XIX e início do século XX. Foi Sun Lutang quem popularizou (ao contrário do que muitos pensam) as analogias entre o Xing Yi Tchuen e a religião taoísta. Tal relação entre o Xing Yi e o taoísmo não existia até então.
Como descendente da linhagem do ramo de Shanxi, “pai” Che, o professor Marcello Teixeira formou-se em 1995, no Brasil, com o mestre Wu Chao Xiang. Seu apelido passou a ser então Ma Hei Kao (Grande Cavalo Negro). Com o seu falecimento, em setembro de 2003, seus alunos fiéis e antigos, com a autorização de sua viúva, optaram por adotar o nome do “pai”, “Ma”, como o símbolo da família no Brasil. Assim, Marcello Teixeira torna-se o patriarca do clã “Ma” de “Xing Yi Tchuen”, ramo brasileiro do clã “Che” Com o falecimento do mestre Marcello Teixeira em setembro de 2003, sua viúva, Shi-Mo Lícia Maria Teixeira, passou a responsabilidade da família para o mais antigo aluno de Marcello em atividade, o professor Bruno Lima Rocha (“Lao Shi”: grau máximo na hierarquia). Através deste responsável, estendeu a missão para os demais alunos leais. Na atualidade, o Xing Yi Tchuen se estrutura no Rio Grande do Sul a partir da Associação Brasileira de Xing Yi Tchuen, com sede na cidade de Viamão.
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Árvore genealógica simplificada.
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Mestre Li Luo Neng
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Mestre Che Yi Zhai
Mestre Bu Xue Kuan Mestre Wu Chao Xiang
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Shifu Marcello Teixeira, divulgador do Xing Yi Tchuen no Brasil, discípulo do falecido mestre Wu Chao Hsiang
(Mestre de 2ª geração da linhagem de Che Yi Zhai).
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| Mestre Che Yi Zhai executando técnica fundamental de Pon Tchuen |
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Guo Yunshen e Che Yi Zhai. Escola de Xingyi de Taigu (Shanxi), 1903
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